Estudo da potencialidade dos processos oxidativos avançados na remediação de águas contaminadas por microcistina - LR.
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Data
2011-06-16Autor
Jacobs, Loraine Cristina do Valle
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Resumo:Dentre os muitos efeitos deleterios provocados pelo processo de eutrofizacao de aguas naturais, importante destaque deve ser dado ao surgimento de floracoes de cianobacterias e a consequente geracao de cianotoxinas de potente efeito hapatotoxico (ex. Microcistina-LR). Em geral, rotinas convencionais para potabilizacao da agua se mostram ineficientes para a remocao destes micropoluentes, o que tem estimulado o estudo de novas alternativas de tratamento. O presente trabalho teve como principal objetivo verificar a potencialidade de dois processos oxidativos avancados, fotocatalise heterogenea e processo fotoeletroquimico, em relacao a remediacao de aguas contaminadas por Microcistina-LR. O processo fotoeletroquimico foi aplicado em escala de bancada, inicialmente utilizando-se corante Azul QR-19 como substrato modelo. Nesta etapa, a completa degradacao do corante foi observada em tempos de reacao da ordem de 1 min, quando na presenca de cloreto de sodio. Em funcao dos resultados observados, admite-se que o processo de degradacao seja mediado por especies ativas de cloro, as quais, na presenca de radiacao ultravioleta, permitem a formacao de especies radicalares de maior poder oxidante (ex. radical cloro). A degradacao de Microcistina-LR foi igualmente eficiente, alcancando remoções da ordem de 90% em tratamentos de 1 min. Nos estudos envolvendo fotocatalise heterogenea foi constatada uma elevada eficiencia de degradacao dos dois sistemas estudados (TiO2/UV e ZnO/UV), o que permitiu uma remocao praticamente completa de Microcistina-LR em tempos de reação de 5 min. Quando no modo continuo, o processo fotocatalitico se mostrou igualmente eficiente, permitindo concentracoes de Microcistina-LR residual inferiores a recomendada pela Organizacao Mundial da Saude (1 ƒÊg L-1). Em funcao da complexidade da molecula de Microcistina-LR e das nao menos complexas vias reacionais da fotocatalise, a proposta de mecanismos de degradacao se apresenta bastante dificil. Entretanto, a identificacao de intermediarios de reacao permite sugerir que o processo de degradacao seja iniciado por multiplas hidroxilacoes das insaturacoes dos grupos Adda e Mdha, seguida de quebra de ligacoes mais labeis (ex. ligacao C8-C9 do grupo Adda) e, finalmente, da eliminacao de residuos peptidicos mais reativos, proposta esta que e sustentada por antecedentes da literatura.
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