Minimização dos custos de transporte rodoviário florestal através do uso da programação linear e otimização do processo
Abstract
O presente trabalho tem como objetivo principal a minimização dos custos do transporte rodoviário florestal, através do uso da programação linear inteira e otimização dos tempos de ciclo de transporte de uma empresa florestal que se localiza na região do planalto norte catarinense.
A empresa estudada possui uma frota de aproximadamente 35 caminhões e destes, apenas 04 são próprios e os restantes terceirizados. Durante o período de coleta de dados, o transporte foi efetuado em 17 fazendas, cuja quantidade de madeira e distância são bastante variáveis.
Foram coletados, na referida empresa, os tempos de ciclo de transporte e seus devidos custos. O ciclo de transporte foi dividido em 17 etapas, sendo que deste total, 06 foram responsáveis por aproximadamente 90% do tempo total consumido durante o ciclo. As etapas de maior gasto de tempo estão descritas por ordem decrescente de consumo de tempo, as quais são: tempo de viagem (ida e volta ou vazio e carregado), tempo de carga e de descarga e tempo de fila d. espera para a carga e de descarga.
Após levantados todos os custos, tempo e dados do quadro atual da empresa, foram elaboradas um total de 03 avaliações, divididas em cenários, sendo que cada uma destas está descrita abaixo:
o Cenário 1: foram calculados os dados do quadro atual da empresa, como um subsídio comparativo após a racionalização e otimização das etapas que mais consomem tempo do ciclo de transporte;
o Cenário II: esta avaliação foi elaborada em função do uso da programação linear, juntamente com a racionalização dos tempos de fila de espera para carga e descarga;
o Cenário HI: nesta avaliação, além do uso da programação linear e racionalização dos tempos de espera em fila, foi utilizada paralelamente, uma otimização do tempo de carga e uma elevação da velocidade de transporte;
Os resultados obtidos foram bastantes significativos, pois à medida em que ocorria a racionalização e otimização, o número de caminhões, custo total, iria diminuindo sucessivamente, ocorrendo assim um aumento na produção dos veículos e, conseqüentemente, um aumento na receita bruta e líquida dos freteiros. Mesmo com a redução dos custos e aumento das receitas dos frotista, estes não foram suficientes para que os frotistas conseguissem remunerar totalmente seus custos, ou seja, somente foram remunerados totalmente os custos variáveis e parte do custo fixo dos terceiros.
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