Vírus da gripe suína no estado da Paraná
Date
2011-12-21Author
Caron, Luiz Felipe
Metadata
Show full item recordSubject
TesesVirus da influenza
Epidemiologia
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TeseAbstract
Resumo: A influenza é a enfermidade re-emergente mais estudada e aguardada em todo o mundo na atualidade, principalmente pela relevância histórica de suas ocorrências. O vírus causador desta enfermidade pertence à família Orthomyxoviridae e infecta várias espécies animais. O vírus está presente em aves aquáticas em todo o mundo e encontra, no suíno, a possibilidade de sofrer mutações intensas, o que gera a preocupação deste como fonte para potenciais surgimentos de vírus pandêmicos. A monitoria da circulação viral é uma estratégia necessária para a identificação precoce de possíveis vírus responsáveis por surtos epidêmicos ou pandêmicos e para a orientação de medidas de controle eficientes que garantam, não apenas a segurança do homem, minimizando riscos de contágio, mas também a excelência do Brasil como grande produtor e exportador de aves e suínos. Visando contribuir para o conhecimento da taxa de prevalência e os subtipos do vírus presentes em suínos, no Estado do Paraná, sul do Brasil, foi desenvolvido o presente trabalho. Para responder esta questão foram analisadas amostras de 675 soros de suínos de 5327 coletadas em várias cidades do Estado do Paraná e realizada a pesquisa de anticorpos e a determinação da soroprevalência contra o vírus da influenza subtipo H3N2 por meio da técnica de inibição da hemaglutinação. Os animais foram divididos em dois sistemas de criação: granjas e criatórios. Numa segunda etapa do estudo procurou-se identificar a presença do vírus em amostras de tecidos do aparelho respiratório oriundo de suínos no abatedouro, com lesões nestes tecidos. Para a pesquisa viral primeiramente foi realizada a inoculação do material triturado em ovos embrionados de galinha, seguido da identificação molecular por meio da técnica de RT-PCR, para o gene 7, que codifica a proteína M, muito conservada nos vírus do tipo A. Na avaliação sorológica verificou-se que a maior prevalência de anticorpos contra o vírus ocorre em populações de suínos quando há alta densidade populacional (24% para animais de granjas e 3% para animais de criatórios), dados que indicam que a maior densidade populacional facilitaria a manutenção e propagação do vírus na população. Da mesma forma nas regiões do Estado com clima mais frio os animais apresentaram maiores prevalências de anticorpos (variando de 2,5% a 45%) o que demonstra predispor mais a infecção nos suínos. Das setenta amostras que foram submetidas ao isolamento viral seguido da técnica de RT-PCR observou-se que cinco foram positivas para vírus do tipo A. A presença do vírus em 7,15% dos rebanhos suínos analisados reforça a necessidade da monitoria ativa por meio de testes sensíveis, que permitam gerenciar o risco da da enfermidade no Brasil.
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