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dc.contributor.advisorWeinhardt, Marilene, 1952-pt_BR
dc.contributor.authorPoletto, Juarezpt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.date.accessioned2020-03-13T13:45:48Z
dc.date.available2020-03-13T13:45:48Z
dc.date.issued2001pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/24441
dc.descriptionOrientador : Marilene Weinhardtpt_BR
dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná. Curso de Pós-Graduação em Letras. Defesa : Curitiba, 15/02/2001pt_BR
dc.descriptionInclui referênciaspt_BR
dc.descriptionÁrea de concentração : Estudos literáriospt_BR
dc.description.abstractResumo : História, memoria e ficção em obras de Carlos Heitor Cony estuda como os três tipos de relato, o historiográfico, o memorialístico e o ficcional se contaminam nas obras O harém das bananeiras, Quase memória: quase romance e Romance sem palavras. Para tanto se faz um levantamento teórico do que sega a ficção, um enfoque histórico dos gêneros literários, abordando ainda crônica, biografia, autobiografia e memória, um apanhado sobre as correntes historiográficas mais recentes e um estudo sobre o cotidiano. Da análise de O harém das bananeiras (1999), resultou a percepção de que as crônicas são textos que contemplam fatos históricos, como também são relatos sobre o cotidiano do narrador, vivido remotamente ou recentemente. Mas tudo vem impregnado do anedótico, do lírico, do nostálgico ou do cético, o que ajuda a criar o clima ficcional que perpassa cada um dos textos. Cony é escritor que, com os dedos na ficção, não tira os olhos da vida social ou particular, daí a conclusão de que cabe bem para a obra a seqüência: história, memória, ficção. Partindo-se do conceito de persona, de Luiz Costa Lima, estudaram-se na obra Quase memória: quase romance (1995) dois personagens singulares baseados nas pessoas reais: o narrador (Carlos Heitor Cony), o filho que, motivado a lembrar o pai por um pacote que recebe, viaja pela memória e constrói ficcionalmente o pai (Ernesto Cony Filho). Através deste livro não se tem apenas uma biografia, mas também uma espécie de romance histórico, que não apenas questiona as fronteiras da literatura, mas especialmente recupera a paisagem do Rio de Janeiro do período da ditadura Vargas, como também revive figuras e fatos da história do jornalismo carioca, além de aspectos relevantes da história política nacional. A memória produz uma ficção sobre a história particular e a oficial. Romance sem palavras (1999) é um romance histórico que trabalha com dois tempos distintos: a época da ditadura dos anos sessenta e setenta, e o período posterior à anistia política, com o novo rumo que tomou a vida dos protagonistas. No primeiro tempo, o ex-padre, a estudante e o professor estavam envolvidos nas lutas pela resistência ao regime militar, no segundo momento aburguesaram-se. O narrador faz uma viagem pela memória e resgata os fatos do passado de lutas na clandestinidade, quando vivia uma relação amorosa com uma companheira de movimento. Mas também pensa o presente, em que está solitário, pois perdeu sua amada para o melhor amigo. Esta obra funciona também como contraponto a outra do autor, Pessach: a travessia (1967), pois esta, produzida durante o regime militar, trabalha o engajamento do herói (um escritor) de modo diverso da obra em análise: enquanto Romance sem palavras é cético quanto às soluções propostas pela resistência, em Pessach, a saída é a luta armada. A seqüência ficção, história, memória cabe à obra até porque Beto, Iracema e Jorge Marcos parodiam no particular e no ficcional, o histórico. Se história é interpretação do ocorrido - é bem verdade, perante documentos - não serão a revivescência memorialística ou a transfiguração ficcional formas de interpretação dos acontecimentos? É exatamente essa imbricação de um discurso no outro que se mostrou nas obras analisadas.pt_BR
dc.description.abstractAbstract : Historia, memoria e ficção em obras de Carlos Heitor Cony studies how these three kinds of report, the history wise, the memory wise and the fictional get entangled in O harém das bananeiras, Quase memória: quase romance e Romance sem palavras. For such, a theoretical survey is made to define what is fiction, a historic approach to the literature genders, regarding yet chronic, biography, autobiography and memory, a gathering about the most recent historic chains and a study on daily life. From the analysis of O harém das bananeiras (1999), came the realization that the chronics are texts regarding historic facts, as well as reports on the narrator's daily life lived recently or far off. But it all comes wrapped in the satiric, the lyric, the nostalgic or the skeptical, which helps creating the fictional atmosphere that bypasses every one of the texts. Cony is a writer who, with his fingers on the fiction, does not take the eyes off the social and private life, thus the conclusion that the sequence fits the work well: history, memory and fiction. Coming from Luiz Costa Lima's concept of persona, two singular characters based on real people from the work Quase memória: quase romance (1995) were studied: the narrator (Carlos Heitor Cony), the son who, motivated in remembering his father by received a package, wanders throughout the memory and fictionally builds the father (Ernesto Cony Filho). Through this book one doens't have just a biography, but rather a kind of historic romance, that doesn't questions only the boundaries of literature, but especially recovers the scenery of Rio de Janeiro in the Vargas' dictatorship period, as well as revives Characters and facts of the journalism history in Rio de Janeiro, besides the relevant aspects of the national political history. The memory produces a fiction about the official and the private history. Romance sem palavras (1999) is a historic romance that stands on two distinct periods: the 60s and 70s' dictatorship, and the post-political amnesty period, with the new turn in the life of the protagonists. In the first period, the former priest, the student and the teacher were involved in the strive in resistance to the military government, and in the second period they join the bourgeoisie. The narrator takes a trip through the memory and rescues the past facts of fights in the outlaw life, when he lived a loving relationship with his ideology partner. But he also thinks of the present, in which he is lonely, for having lost his love to his best friend. This work is also a counterpoint to the other work of the author, Pessach: a travessia (1967), for this, written during the military government, deals with the involvement of the hero ( a writer) in a diverse way to the work under analysis: whilst Romance sem palavras is skeptical towards the solutions proposed by the resistance, in Pessach, the escape is the armed fight. The sequence fiction, history, memory fits to the work even because Beto, Iracema e Jorge Marcos parody in the private and fictional, the historic. If history is the interpretation of the event - it is true due to the documents - won't be the recollection or the fictional creation way of interpreting the events? It is exactly this over lapping of speeches in one another that was shown in the analyzed works.pt_BR
dc.description.abstractRésumé : História, memória e ficção em obras de Carlos Heitor Cony étudie comment les trois types de récit, l'historique, le mémorialiste et le fictif se mélangent dans les oeuvres O harém das bananeiras, Quase memória : quase romance et Romance sem palavras. Pour cela, on a dû procéder à un inventaire des concepts théoriques concernant la fiction, en ayant toujours un regard historique sur les genres littéraires et en abordant aussi la chronique, la biographie, l'autobiographie et la mémoire ; um rapport sur les mouvements historiques les plus récents et une étude sur le quotidien ont aussi été nécessaires. D'après l'analyse sont des textes qui font référence à des faits historiques - pouvant se caractériser aussi comme des récits sur le quotidien, passé ou récent, du narrateur - d'un autre côté, tout cela vient toujours plein d'une atmosphère anecdotique, lyrique, nostalgique ou sceptique qui aide à créer le caractère fictif présent dans chacun des textes. En effet, Cony est un écrivain qui a les mains sur la fiction, ce qui ne l'empêche pourtant pas d'avoir un regard permanent sur la vie sociale ou privée. C'est justement cette constatation qui permet d'afirmer que la séquence : histoire, mémoire et fiction est appropriée à l'analyse de son oeuvre. À partir du concept de persona de Luiz Costa Lima, deux personages de l'oeuvre Quase memória : quase romance (1995) ont été étudiés. Il s'agit des personnages basés sur des personnes réelles, à savoir : le narrateur (Carlos Heitor Cony), et le fils qui, mené à se souvenir de son père grâce à un colis qu'il reçoit, parcourt sa mémoire et compose fictivement le père (Ernesto Cony Filho). Ce livre présente, donc, plus qu'une simple biographie, puisqu'il s'agit aussi d'une espèce de roman historique qui remet en question les frontière de la littérature, en plus de récupérer le paysage de Rio de Janeiro de l'époque de la dictature Vargas et de faire revivre des personnages, des faits de l'histoire de la presse « carioca » et d'autres aspects importants de l'histoire et de la politique nationale de cette période. Ainsi, la mémoire produit une fiction sur l'histoire privée et officielle. Romance sem palavras (1999) c'est un roman historique où on peut trouver deux temps distincts : l'époque de la dictature des années soixante et soixante-dix, et la période postérieure à l'amnistie politique, quand la vie des protagonistes prend une nouvelle direction. Alours, si dans un premier moment l'ex-prêtre, l'étudiante et le professeur s'engagent dans les luttes de résistance contre le régime militaire, après il s'embourgeoisent. Le narrateur fait un parcours dans la mémoire et récupère les faits du passé : les luttes dans la clandestinité, son repport amoureux aves une compagne de lutte. Cependant, il réfléchit aussi sur le temps présent, où il se trouve seul à cause d'avoir perdu as bien-aimée pour son meilleur ami. Cette oeuvre sert aussi comme un contrepoint à une autre oeuvre de l'auteur : Pessach : a travessia (1967). Celle-ci, écrite pendant le régime militaire, présente l'engagement du héros (un écrivain) d'une façon différente que celle de l'oeuvre en analyse. En effet, tandis que Romance sem palavras présente une vision sceptique en ce qui concerne les solutions proposées par la résistance, dans Pessach : a travessia, la solution c'est la lutte armée. La sequence fiction, histoire, memoire convient à l'oeuvre aussi parce que Beto, Iracema et Jorge Marcos parodient l'historique, soit dans un niveau particulier, soit dans un niveau fictif. Si l'histoire est l'interprétation des événements - à partir des documents, bien sûr - le faire revivre mémorialiste ou bien la fictionnelle transfiguration ne pourraient pas être des différentes façons d'interpreter les événements ? C'est justement l'imbrication d'un discours dans l'autre que l'on a pu observer dans les oeuvre analysées.pt_BR
dc.format.extentviii, 124 f.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.relationDisponível em formato digitalpt_BR
dc.subjectCony, Carlos Heitor - 1926-pt_BR
dc.subjectLiteratura brasileirapt_BR
dc.subjectDissertações - Letraspt_BR
dc.titleHistória, memória e ficção em obras de Carlos Heitor Conypt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR


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