Origens, evolução histórica e situação atual dos sistemas agrários de comunidades de agricultores familiares da região metropolitana de Curitba
Date
2010-07-21Author
Queiroga, Joel Leandro de
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Tesesxmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-type
TeseAbstract
Resumo: Esta tese apresenta a origem, a evolução histórica e a situação atual da agricultura familiar das comunidades rurais da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) a parir do estudo dos sistemas agrários (SAs) e das relações que estes sistemas estabelecem com os recursos naturais através de suas práticas técnicas de produção. O trabalho coletivo de diagnóstico do rural dos municípios da RMC, etapa interdisciplinar de pesquisa realizada pelos doutorandos da linha de estudos rurais do Programa de Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR, evidenciou a predominância de agricultores familiares em uma região heterogênea nos seus aspectos socioeconômicos e físico-naturais. Três comunidades de três municípios foram selecionados como „estudos de caso. ilustrativos desta heterogeneidade sócioambiental. A reconstituição histórica dos seus sistemas agrários possibilitou compreender sua evolução e diferenciação, identificar suas condicionantes e contribuir com a análise de como estes agricultores familiares se reproduzem na heterogeneidade da RMC. Estes sistemas agrários apresentam diferentes práticas técnicas que são condicionadas pela proximidade ou o distanciamento de mercados consumidores, acesso ou não às políticas públicas e às tecnologias e, potencialidades e restrições impostas pelos ecossistemas locais. O SA da comunidade de Mergulhão em São José dos Pinhais ilustra o rural agrícola moderno, peri-urbano e integrado à metrópole, de agricultura intensiva em uso de máquinas e insumos industrializados, que produz espécies olerícolas, leite e desenvolve atividades de turismo rural agregando valor aos produtos coloniais como o vinho. A comunidade de Santo Amaro Um em Mandirituba ilustra o SA do rural agrícola em modernização e integrado aos mercados, que utiliza máquinas e insumos industrializados, diversificado em produção (olerícolas, aves e frutas) e em condições de vida. Em Tijucas do Sul, o SA ilustra a agricultura tradicional, que usa tração animal e cultiva milho e feijão voltada ao autoconsumo. Isolada da metrópole, com relevo acidentado e solos de baixa fertilidade, apresenta condições de produção e vida precárias, buscando alternativas como a produção de fumo e carvão. Estas práticas técnicas se diferenciam quanto ao uso de tecnologias e na forma como se relacionam com os recursos naturais que se manifestam em impactos potenciais sobre os recursos solo, hídrico e florestal e sobre a qualidade de vida destes agricultores familiares. Alternativas técnicas específicas para cada realidade devem ser adotadas visando minimizar os impactos ambientais e melhorar as condições de produção e de vida dos agricultores familiares da RMC.
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