Uma abordagem institucional do consumo
Visualizar/ Abrir
Data
2007Autor
Almeida, José Felipe Araujo de, 1979-
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Resumo: O consumidor é um ser social. Dessa forma a sociedade na qual esse indivíduo está
inserido e a interação deste com os demais elementos sociais são pontos centrais em uma
análise científica do consumo. No entanto, a teoria econômica é carente neste quesito,
pelo menos no que diz respeito à microeconomia tradicional (a única análise
sistematizada de uma abordagem do consumo segundo a teoria econômica). No entanto,
outras vertentes desta ciência podem ser utilizadas para a construção de uma abordagem
mais abrangente do consumidor. Dentre estas destaca-se a Economia Institucional. O
presente estudo visa sistematizar uma abordagem econômica do consumo recorrendo a
concepções teóricas tanto da Economia Institucional Original quanto da Nova Economia
Institucional. A segunda fornece instrumentos analíticos para que o consumo seja
analisado enquanto uma transação expressa na relação contratual entre compradores e
vendedores (os indivíduos enquanto consumidores e as firmas capitalistas como
vendedores). No entanto, seguindo a tradição de John Commons, a influência do meio
sócio-econômico nas transações é destacada; este ambiente é apresentado segundo um
emaranhado de instituições econômicas que interferem nas atividades de consumo. Para a
construção deste ambiente o presente estudo se aproxima da Economia Institucional
Original. Dentro desta perspectiva teórica a capacidade cognitiva, a racionalidade, os
hábitos, o aprendizado e os gostos dos consumidores são apresentados como pontos
centrais na análise da interferência do meio nas transações de consumo. Estuda-se então
como esses elementos interferem na construção das estruturas de mercado e das
capacidades competitivas das firmas e principalmente nas formas de ação que tanto os
indivíduos quanto as firmas podem adquirir ante a um contrato de consumo. Abstract: The consumer is a social being. The environment and consequent interactions of individuals are central themes in a scientific analysis of consumption. However, traditional economic theory, seen as the only systematic approach to consumption, has its weaknesses on this front. However, others theories of this science can be used to approach consumption in a more inclusive way, among which Institutional Economics is a promising candidate. The present study aims at building a more systematic approach to consumption according to the insights from "Old" and "New" Institutional Economics. The New Institutional Economics supplies analytical instruments for a transactional analysis of consumption in its contractual relations. However, following John Commons and the "Original" Institutional Economics tradition, the influence of the socio-economic environment on transactions is also important and taken into account here. The consumption environment is introduced as a tangle of economic institutions that interfere in consumption activities. Consumers' cognitive capacity, bounded rationality, habits, learning processes and construction of preferences are introduced as central points in the analysis of the environment interference in consumption transactions. This study thus tries to characterize the way in which these elements interfere in the construction of market structures and competitive capacities of the firms and in the patterns of action that both the individuals and the firms can acquire in a consumption contract.
Collections
- Teses & Dissertações [9330]