| dc.description.abstract | Resumo: O maracujá, Passiflora edulis f. flavicarpa Deneger (Passifloraceae), é um fruto muito cultivado dada a qualidade do seu suco. Entretanto, seus subprodutos, como as sementes, não tem recebido a mesma atenção. As sementes foram moídas e deslipidificadas em extrator Soxhlet com tolueno:etanol (2:1 v/v). O resíduo da extração em Soxlet e as sementes isentas de tegumento (amêndoa), previamente inativadas em água fervente, foram submetidas a extração aquosa sequencial a 25°C e 80°C, e alcalinas (NaOH) 2N e 4N. As extrações alcalinas 2N foram aquelas de maior rendimento, as quais foram analisadas por GLC, como alditóis acetatos. A composição monossacarídica das sementes totais (HAS- ca 4,58g%,) e amêndoas (HAa -ca 1,46g%) foram: HASarabinose (20,37%), xilose (14,84%), manose (10,22%), galactose (16,75%), glucose (18,69%) e fucose (19,13%), e HAa-arabinose (13,24%), xilose (14,13%), manose (42,39%), galactose (11,59%), glucose (18,65%). Estas frações apresentaram elevados teores de proteína (HAS=70% e HA^ 57%) e baixos teores em açúcares (HAS=3,9% e HAa= 2,6%). A partir da análise por microscopia fotônica, foi observado que o tegumento das sementes de P. edulis era esclerificado, constituído por células alongadas, de paredes espessadas, lignificadas e pode-se evidenciar a presença de compostos fenólicos. As sementes de maracujá foram então submetidas a diferentes extrações (metanol, acetato de etila, hexano e HCI 1% em metanol) para a obtenção dos compostos fenólicos. A extração destes compostos com metanol foi a mais eficiente (55,6 % m/m). O extrato metanólico, após tratamento pelo método de FOLCH, foi analisado por GLC e comprovou-se a presença de 31% de açúcares e 69% de glicerol (provavelmente, proveniente da fração lipídica). Dentre os açúcares estão: ramnose(1,71%); xilose (4,23%); manose (2,33%); galactose (1,76%) e glucose (2 1 ,0%). O extrato foi purificado por PTLC obtendo-se 5 frações em ordem ascendente: FV; FA; FAC; FL e FR. A partir da técnica de espectrometria de massa de ionização por "eletron spray" (ESI-MS), acoplado ao HPLC foi possível a identificação do ácido salicílico e ferúlico nos extratos purificados por PTLC. Para a quantificação destes compostos utilizou-se como padrão interno o ácido gálico obtendo-se os seguintes resultados em ácido salicílico: FV 0,04% (m/m); FA 0,07% (m/m); FAC 0,015% (m/m); FL 0,004% (m/m) e FR 0,13% (m/m). A presença de traços de ácido ferúlico foi evidenciada nas frações FA; FAC e FL. | pt_BR |
