Joaquim Maria, personagem
Abstract
Resumo: Desde Lukács a utilização de personagens históricos vem sendo apontada como uma das características do Romance Histórico. Teorias recentes como as desenvolvidas por Seymour Menton e Linda Hutcheon reafirmam essa característica postulada por Lukács. Machado de Assis há muito deixou de ser, apenas, o autor de célebres contos e romances. Contemporaneamente, o escritor Machado de Assis surge na ficção histórica brasileira contemporânea como Joaquim Maria, personagem ficcional. A intertextualidade com a biografia machadiana está presente em todas as obras que usam o recurso de ficcionalizá-lo, não é somente coincidência onomástica. De acordo com os critérios ado ados: as obras serem lançadas ou reeditadas a partir de 2000 e apresentarem Machado de Assis como personagem, foram selecionadas quatro obras que compõem o corpus da pesquisa: Um amante muito amado: Machado de Assis, de Maria Eli Queiroz, Por onde andará Machado de Assis?, de Ayrton Marcondes, Machado e Juca, de Luiz Antonio Aguiar e A Filha do Escritor, de Gustavo Bernardo. Esses romances podem ser considerados novos romances históricos nos termos de Menton ou metaficções historiográficas de acordo com Hutcheon? A ficção histórica brasileira contemporânea apresenta uma verve paródica? A paródia funciona como uma forma de homenagem? De que forma podemos justificar o crescente número de obras que ficcionalizam a figura do escritor Machado de Assis? Abstract: Since Lukács the historical characters’ use has been pointed as one of the characteristics of the Historical Novel. Recent theories as the ones developed by Seymour Menton and Linda Hutcheon reaffirm the characteristic postulated by Lukács. Since a long time ago Machado de Assis is not only the author of famous short stories and novels. Contemporaneously, Machado de Assis appears in the Brazilian historical fiction as Joaquim Maria, fictional character. The intertextuality with Machado de Assis’ biography appears in all the works that use his fictionalization feature , it is not only name coincidence. In agreement with the adopted critery, to use works published or republished from 2000 and that introduce Machado de Assis as character, four works were selected for the composition of research’s corpus : Um amante muito amado: Machado de Assis, by Maria Eli Queiroz; Por onde andará Machado de Assis?, by Ayrton Marcondes, Machado e Juca, by Luiz Antonio Aguiar and A Filha do Escritor, by Gustavo Bernardo. Can those
novels be considered as new historical novels in the Menton’s term or historiographics’ metafictions in agreement with Hutcheon? Does the Brazilian historical fiction contemporary present a parodic side? Does the parody work as a tribute form? How could we justify the growing number of works that transform Machado de Assis in a fiction character?
Collections
- Teses & Dissertações [9314]