Associations between education and occupation in high functioning older adults

Abstract

Resumo: Com o envelhecimento da população, faz-se imperativo estudar formas de preservar o funcionamento cognitivo em idosos, especialmente a memória, cujo prejuízo é frequente. Há diversos fatores associados à preservação das funções mnemônicas, tendo os chamados SuperAgers, idosos com altas habilidades cognitivas, resultados compatíveis com adultos 20 a 30 anos mais jovens. Para investigar o fenômeno dos idosos com altas habilidades cognitivas, foram elaborados dois artigos, sendo uma revisão sistemática e um estudo com coleta de dados. A revisão sistemática analisou instrumentos e critérios associados à classificação de SuperAgers, considerando a falta de consenso relativo à sua classificação. 21 artigos compuseram a análise final deste artigo, tendo sido observado que a maior parte dos estudos consideraram SuperAgers idosos a partir de 80 anos. As medidas comumente empregadas foram de memória verbal episódica e de funções executivas, com pouca adaptação de protocolos frente a diferentes contextos socioculturais. Recomendações acerca de pesquisas futuras foram feitas visando uma maior flexibilização dos métodos de pesquisa em contextos socioeconômicos e culturais diversos. Posteriormente, foi conduzida uma pesquisa transversal com coleta de dados visando analisar associações entre idosos com altas habilidades cognitivas e marcadores genéticos, escolaridade formal e a complexidade ocupacional. De uma amostra inicial de 60 participantes, 56 compuseram a amostra final, tendo sido aplicados instrumentos de memória episódica, memória não-verbal, funções executivas e tempo de reação. Foi observado que tanto a escolaridade, quanto a ocupação tiveram correlações significativas com o funcionamento cognitivo. A escolaridade se mostrou mais preditiva de resultados relativos às funções executivas, tendo a complexidade ocupacional sido mais fortemente associada às capacidades cognitivas gerais. Tais resultados são compatíveis com o conceito de reserva cognitiva, sugerindo que a escolaridade é uma importante forma de prevenção da perda cognitiva oriunda da idade e a ocupação, além de também fonte de reserva cognitiva, uma forma de manter os benefícios da escolaridade por meio do exercício das habilidades aprendidas. Recomenda-se que futuras pesquisas busquem compreender a complexa interação entre marcadores genéticos, ocupação e escolaridade por meio de protocolos de pesquisa rígidos, porém adaptados aos contextos socioculturais em questão

Abstract: Considering the aging of the population, it is imperative to investigate methods for preserving cognitive functioning in older adults, particularly concerning memory, which is commonly affected. The preservation of mnemonic functions is associated with multiple factors, being known as SuperAgers the older adults with high performance in memory tests, comparable to adults 20 to 30 years younger. Two articles were produced to assess the phenomenon of high-performing older adults, being those a systematic review and a data collection study. The systematic review examined instruments and criteria employed for the classification of SuperAgers, considering the lack of a consensus in the field. 21 articles composed the final analysis. It was observed that the majority of the studies considered SuperAgers to be at least 80 years old. The most frequently employed instruments measured episodic memory and executive functions, with little adaptation when applied in varied socioeconomic and cultural contexts. Recommendations regarding future studies were proposed, aiming at the flexibilization of research methods in diverse socioeconomic and cultural contexts. Posteriorly, a cross-sectional data collection study was conducted to analyze the associations between high-performing older adults and genetic markers, formal education, and occupational complexity. Out of an initial sample of 60 participants, 56 composed the final sample. Episodic memory, non-verbal memory, executive functions, and reaction time instruments were administered. It was observed that both education and occupational complexity were correlated with cognitive functioning. Formal education was a greater predictor of executive functioning, while occupational complexity was more strongly associated with general cognitive abilities. The present findings are compatible with the concept of cognitive reserve, suggesting that formal education is an important factor in the prevention of cognitive loss due to age, being the occupation, as well as a promotor of cognitive reserve, also a way of maintaining the benefits of education through the application of the learned abilities. It is recommended that future studies seek to comprehend the complex interaction between genetic markers, occupation, and education with the aid of rigid research protocols adapted for specific sociocultural contexts