Intoxicação por agrotóxicos no estado do Paraná e sua associação com a variabilidade genética da colinesterase do soro
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Data
1993Autor
Fontoura-da-Silva, Sergio Eduardo
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Resumo: Um total de 134 lavradores expostos a agrotóxicos, selecionados quanto ao grau de intoxicação pelo nível da atividade da acetilcolinesterase eritrocitária, classificados em 72 intoxicados e 62 controles, foram estudados no que se refere à variabilidade genética da colinesterase do soro (EC 3.1.1.8). A atividade relativa da acetilcolinesterase foi avaliada pelo método de Limperos e Ranta (1953), conforme modificação de Edson e Fenwick (1955). À fenotipagem do loco CHE1 da colineste rase do soro foi feita com a utilização do método de inibição enzimática, de Morrow e Motulsky (1968) e as variantes não - usuais foram retipadas de acordo com Alcântara e cols. (1991) . A fenotipagem do loco CHE2 foi feita de acordo com o método de eletroforese em gel de ágar de Van Ros e Vervoort (1973). Os intoxicados mostraram frequência significativamente mais alta de variantes não-usuais do que os controles, revelando esses fenótipos um risco relativo de intoxicação cerca de 9 vezes maior do que o apresentado pelo fenótipo usual. Entre os indivíduos de fenétipos usuais, a presença do fenótipo CHE2 C5- parece predispor à intoxicação, com risco relativo de cerca de 4 vezes maior do que o do fenótipo CHE2 C5+. Nossa hipótese é que a colinesterase do soro seria inibida antes da acetilcolinesterase, constituindo-se em fator de proteção à inibição dessa última enzima. As variantes da colinesterase do soro com menor afinidade por compostos organofosforados e carbamatos e/ou com menor atividade permitiriam maior inibição da acetilcolienste - rase e portanto predisporiam à intoxicação.
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