O impacto do uso de aplicativos na aderência e persistência ao tratamento de incontinência urinária feminina : estudo longitudinal randomizado
Resumo
Resumo: Analisar a adesão de mulheres incontinentes ao tratamento das disfunções do assoalho pélvico associadas ao dispositivo móvel (aplicativo), em comparação às abordagens tradicionais. Métodos: Neste estudo longitudinal randomizado e controlado, 128 pacientes foram selecionados para participar do programa por meio de abordagens síncronas e assíncronas, com o Grupo 1 (G1) face a face e fisioterapia de aplicação, Grupo 2 (G2) fisioterapia face a face e Folha de orientação dos exercícios impressa; Grupo 3 (G3) apenas aplicação e Grupo 4 (G4) apenas folha com orientações sobre o exercício impresso. Foram realizadas 12 sessões de fisioterapia face a face, em grupo, uma vez por semana, durante 3 meses. Resultados: Na amostra, 77 participantes (60,2%) aderiram ao tratamento e 51 (39,8%) não. Foi encontrada diferença significativa entre as médias de idade de acordo com a adesão ao tratamento. As pacientes aderentes tinham em média 48,3 anos, enquanto os não aderentes 44,5 (3,8 a menos que os aderentes), indicando significância estatística de p = 0,015. Destaca-se a menor adesão às metodologias síncronas: G1, 19 (50%), G2, 21 (28,8%), quando comparadas às assíncronas: G3, 3 (13,6%), e no G4, 8 (32%) apresentando p = 0,025 de significância estatística. Observou-se que as mulheres fumantes (71,4%) e as usuárias de álcool (53,85%) não aderiram, indicando p = 0,002 de significância estatística para fumantes ep = 0,016 para as usuárias de álcool. Em relação aos tipos de incontinência urinária (IU), 50 mulheres apresentaram IU de esforço, 67 IU mista e 11 IU de urgência. Não foi encontrada diferença significativa entre as mulheres que não aderiram, com p = 0,06. Já a adesão por renda salarial, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é determinada pela quantidade de salários mínimos (SM) recebidos. Verificou-se que das mulheres não aderentes, 10 (26,3%), recebiam de até 2 SM, 19 (51,4%) recebiam de 3 a 4 SM, e 19 (43,2%) recebiam de 5 a 6 SM SM, resultando em uma significância estatística de 0,024. Nenhuma das mulheres que não aderiram ao tratamento possuía renda superior a seis SM. Conclusão: A adesão ao treinamento muscular do assoalho pélvico é maior quando associado à fisioterapia com um aplicativo móvel. O tabagismo, o consumo de álcool e a categoria de renda têm um impacto negativo na adesão. Abstract: Analyze the adherence of incontinent women to the treatment of pelvic floor disorders associated with mobile device (application), compared to traditional approaches. Methodology: In this randomized and controlled longitudinal study, 128 patients were selected to participate in the program using synchronous and asynchronous approaches, with Group 1 (G1) face-to-face and application physiotherapy, Group 2 (G2) face-to-face physiotherapy and exercises guidance sheet printed, Group 3 (G3) only application, and Group 4 (G4) only the sheet with guidance on the printed exercise. 12 face-to-face physical therapy sessions were held, in group, once a week, for 3 months. Results: In the sample, 77 participants (60.2%) adhered to the treatment and 51 (39.8%) did not. A significant difference was found between the mean age according to treatment adherence. Adherent patients had an average of 48.3 years, while non-adherents 44.5 (3.8 less than those who adhered), indicating a statistical significance of p = 0.015. Less adherence to synchronous methodologies stands out: G1, 19 (50%), G2, 21 (28.8%), when compared to asynchronous: G3, 3 (13.6%), and in G4, 8 (32%) showing p = 0.025 of statistical significance. It was observed that women smokers (71.4%) and alcohol users (53.85%) did not adhere, indicating p = 0.002 of statistical significance for smokers, and p = 0.016 for alcohol users. Regarding the types of urinary incontinence (UI), 50 women presented stress UI, 67 mixed UI and 11 urgency UI. No significant difference was found between women who did not adhere, with p = 0.06. Regarding adherence according to salary income, according to the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), it is determined by the number of minimum wages (SM) received. It was found that of the non-adherent women, 10 (23.6%), received from up to 2 MW, 19 (51.4%) received from 3 to 4 MW, and 19 (43.2%) received from 5 to 6 MW SM, resulting in a statistical significance of 0.024. None of the women who did not adhere to the treatment had an income greater than six MW. Conclusion: Adherence to pelvic floor muscle training is greater when associated with physical therapy with a mobile application. Smoking, alcohol consumption, and income category have a negative impact on adherence.
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