Prática regular de ciclismo e fatores de risco cardiovascular

Abstract

Resumo: A prática do ciclismo promove melhorias relevantes em muitos fatores de risco para doenças cardiovasculares (FRCV). O objetivo foi verificar a relação entre a prática regular de ciclismo e alguns fatores de risco cardiovascular em ciclistas recreacionais. Foram recrutados 99 participantes, 57 ciclistas e 43 não ciclistas, ambos os grupos foram avaliados por meio de questionários sobre hábitos de vida, nível socioeconômico e FRCV (Questionário Risko), antropometria (peso corporal, estatura e circunferência de cintura), composição corporal (porcentagem de gordura e porcentagem de massa livre de gordura) e análise bioquímica de glicose, hemoglobina glicada, CT, HDL-C, LDL-C, TG e VLDL. Foram utilizados testes como de Shapiro- Wilk, análise estatística descritiva, Teste t independente e Correlação de Pearson para dados de distribuição normal ou correlação de Spearman para os dados não apresentaram distribuição normal. O nível de significância estatística adotado foi de p < 0,05. Como resultado foi possível verificar diferença significativa quando comparado ciclistas e não ciclistas nas variáveis escolaridade (p=0.00), IMC (p=0.010), CC (p=<0.001), gordura(kg) (p=0.46), hemoglobina glicada (p=0.001), triglicerídeos (p= <0.001), VLDL (p= <0.001), pressão arterial sistólica e diastólica (p=< .001), risko (p=< .001). Quando relacionamos o risco cardiovascular e km por semana (p=0,91), horas por semana (p=0,68) e km/h (p=0,50), verificamos que não houve correlação significativa. Em conclusão, foi possível observar que os ciclistas do presente estudo, apresentaram maior escolaridade, nível socioeconômico, consumo de álcool, tabagismo e nível de atividade física, bem como, menores níveis de IMC, CC, pressão arterial, porcentagem de gordura, hemoglobina glicada, triglicerídeos e VLDL e risco cardiovascular do que não ciclistas. Porém, não houve correlação entre o nível de risco cardiovascular e km na semana, km/h e horas na semana.

Abstract: The practice of cycling promotes relevant improvements in many risk factors for cardiovascular disease (CVRF). The aim was to verify the relationship between regular cycling and some cardiovascular risk factors in recreational cyclists. Ninety-nine participants were recruited, 57 cyclists and 43 non-cyclists, both groups were assessed through habits on lifestyle habits, socioeconomic status and FRCV (Risko Questionnaire), anthropometry (body weight, height and waist circumference), body composition (percentage of fat and percentage of fat-free mass) and biochemical analysis of glucose, glycated hemoglobin, TC, HDL-C, LDL-C, TG and VLDL. Tests such as Shapiro-Wilk, descriptive statistical analysis, independent t test and Pearson's correlation were used for data with normal distribution or Spearman's structured for data not adopted normal distribution. The level of statistical significance adopted was p < 0.05. As a result, it was possible to verify a significant difference when comparing cyclists and noncyclists in the variables of education (p=0.00), BMI (p=0.010), WC (p=<0.001), fat (kg) (p=0.46), glycated hemoglobin (p=0.001), triglycerides (p= <0.001), VLDL (p= <0.001), systolic and diastolic blood pressure (p=< .001), risk (p=< .001). When we relate cardiovascular risk and km per week (p=0.91), hours per week (p=0.68) and km/h (p=0.50), we find that there was no significant improvement. In conclusion, it was possible to observe that the cyclists in the present study had higher education, socioeconomic level, alcohol consumption, smoking and physical activity level, as well as lower levels of BMI, WC, blood pressure, percentage of fat, glycated hemoglobina, triglycerides and VLDL and cardiovascular risk than non-cyclists. However, there was no breathing between cardiovascular risk level and km in the week, km/h and hours in the week.