Avaliação econômica e ambiental do coprocessamento em fornos de clínquer
Resumo
Resumo : A geração crescente de resíduos sólidos nas indústrias trouxe consigo a preocupação empresarial em desenvolver mecanismos que possam ser viáveis economicamente e ambientalmente por conta de uma maior exigência da sociedade e órgãos governamentais. Em meio a essas preocupações ambientais, a indústria do cimento oferece o coprocessamento como técnica de gestão de grande variedade de resíduos para minimizar os impactos ambientais. O coprocessamento é uma técnica de destruição térmica de resíduos em fornos de cimento que não gera passivos ambientais, contribuindo assim para a preservação do meio ambiente. Vale lembrar que o Brasil aparece entre os 15 maiores produtores mundiais de cimento e a prática do coprocessamento de resíduos é cada vez mais utilizada por conta da atividade atender a dois aspectos bem atuais, que são o apelo energético e o ambiental. Os resíduos coprocessados em 2015 representaram a eliminação de um passivo ambiental de 1,07 milhão de toneladas. Tais resíduos coprocessados serviram como substitutos de matérias-primas e com potencial energético. Os pneus constituem a 53 milhões de pneus de automóveis inservíveis retirados do ambiente. O presente trabalho tem como objetivo analisar qualitativamente e quantitativamente os impactos econômicos e ambientais positivos obtidos através do coprocessamento em fornos de clínquer. Baseado na revisão bibliográfica realizada nesse estudo, pode-se concluir que o coprocessamento traz ao menos três vantagens econômicas para as empresas blendeiras, por faturar de outras empresas pela recepção de resíduos, como fonte energética na queima de resíduos nos fornos e depois sua cinza é usada como matéria prima alternativa na fabricação do cimento, além da geração de empregos diretos e indiretos na coleta e caracterização dos resíduos.
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- MBA em gestão ambiental [248]