dc.description.abstract | Resumo : A Associação Maranhense para a Conservação da Natureza - AMAVIDA, em parceria com a Universidade Federal do Maranhão - UFMA, criou em 2001 o Projeto Abelhas Nativas, com o objetivo de desenvolver uma metodologia para a preservação das abelhas nativas no nordeste do Maranhão. As abelhas nativas além de sua importância na produção do mel, da própolis, pólen e do cerume são importantes polinizadoras de diversas espécies vegetais. A extinção de espécies destas abelhas pode provocar sérios prejuízos à sociobiodiversidade1, pois afetaria os serviços de ecossistema como um todo. A causa da extinção dessas espécies deve-se principalmente, com diferentes graus de contribuição, a ações de desmatamento, queimadas, uso indiscriminado de agrotóxicos, monoculturas sem manejo adequado e da ação dos meleiros, que retiram o mel destruindo as colmeias. Muitas destas ações estão associadas a um padrão de desenvolvimento econômico, com risco irreversível ao meio-ambiente. O Projeto Abelhas Nativas desenvolveu um método de Tecnologia Social identificado como Meliponicultura Comunitária, que implica no manejo racional coletivo das abelhas nativas. O Projeto foi implantado em 19 comunidades rurais de baixa renda do nordeste do Maranhão. A ideia central era despertar o interesse das comunidades para a produção e comercialização dos produtos da meliponicultura e promover uma consciência ambiental nestas comunidades. Passado mais de dez anos é possível reconhecer o sucesso deste método como metodologia de intervenção socioambiental, ainda que os resultados quantitativos da produção do mel tenham se mostrado aquém das expectativas. Em muitas comunidades a preservação das abelhas foi alcançada, confirmando a sustentabilidade do método. A eficácia do Projeto Abelhas Nativas e sua Tecnologia Social é, em boa medida, explicada por sua inserção junto à Agricultura Familiar e pela racionalidade do que é conhecido como Economia Plural, Economia Ecológica e Economia Solidária. | pt_BR |