Armas e cenas : representações cinematrográficas da revolução mexicana (1934-1970)
Resumo
Resumo: A proposta de investigação que aqui se apresenta possui como objetivo central discutir a maneira com que a Revolução Mexicana e alguns de seus principais protagonistas, mais especificamente José Doroteo Arango (Pacho Villa) e Emiliano Zapata, foram representados no cinema dos Estados Unidos e do México entre os anos de 1934 até 1970. Levando em consideração tal proposta de pesquisa, foram elencados quatro filmes para análise, a saber: "Viva Villa" (1934, EUA), "Vamonos con Pancho Villa" (1935, México) "Viva Zapata!" (1952, EUA) e "Emiliano Zapata" (1970, México). Nesse sentido, para construir nosso arcabouço teórico sobre as tensões entre história e cinema, utilizaremos as propostas de autores como Michelly Lagny, Pierre Sorlin entre outros. Além disso, o conceito de representação, apresentado pelo historiador francês Roger Chatier foi de suma importância para o desenvolvimento da pesquisa em apreço. Assim, percebemos que o cinema é uma importante ferramenta de divulgação de projetos políticos e analisar filmes produzidos em determinados contextos históricos podem nos apresentar diversos elementos da sociedade que o produziu, pois entendemos que o cinema pode ser considerado uma prática social, inscrita em determinado contexto específico, que nos apresenta muito mais elementos de seu contexto histórico, do que o período que ele representa em tela. Logo, as representações cinematográficas da Revolução Mexicana, de Villa e Zapata estão intimamente relacionadas as forma com que cada produção cinematográfica em seus respectivos contextos concebia e resignificavam esses personagens e, de uma maneira mais ampla, a história da própria Revolução mexicana. Abstract: The proposed research presented here has as main objective to discuss the way the Mexican Revolution and some of its main protagonists, specifically Jose Doroteo Arango (Pacho Villa) and Emiliano Zapata, were represented in the US and Mexico?s movies between the years 1934 to 1970. Taking into account such research proposal, four films were listed for analysis, namely: "Viva Villa" (1934, USA), "Vamonos con Pancho Villa" (1935, Mexico) "Viva Zapata "(1952, USA) and "Emiliano Zapata "(1970, Mexico). In this sense, to build our theoretical framework on the tensions between history and cinema, the proposals of authors as Michelly Lagny, Pierre Sorlin, among others will be used. Moreover, the concept of representation, presented by the french historian Roger Chatier was its importance for the development of the research in question. Thus we realize that cinema is an important marketing tool of political projects and analyze films produced in certain historical contexts may present the various elements of the society that produced it, because we believe that cinema can be considered a social practice, enrolled in a particular specific context, which gives us more elements of its historical context, than the period it represents on screen. Thus, the cinematic representations of the Mexican Revolution, Villa and Zapata are closely related to the way that each film production in their respective contexts conceived and presented new meanings for these characters, more broadly, the history of the Mexican Revolution itself.
Collections
- Teses [150]