Análise geoespacial como ferramenta para o estabelecimento de medidas de prevenção de entrada de pragas nas áreas de plantios de Pinus spp.
Resumo
Resumo: Este trabalho apresenta a caracterização da distribuição geoespacial das áreas de plantios de pinus e indica as regiões e quais vias de ingresso merecem mais atenção por parte dos órgãos de defesa sanitária, de modo a apoiar o planejamento de ações de prevenção à entrada das pragas quarentenárias Rhyacionia frustrana (Scudder in Comstock, 1880) (LEPIDOPTERA: TORTRICIDAE) e Dendroctonus frontalis Zimmermann, 1868 (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE: SCOLYTINAE). As áreas de ocorrência das duas pragas se sobrepõem na América Central e nos estados do Sul e Sudeste dos Estados Unidos e, dessa forma, as análises foram realizadas concomitantemente para ambas as pragas. São consideradas a localização dos municípios mais representativos para a produção de pinus, de acordo com os dados de produção de lenha, tora para papel e celulose e para outras finalidades; dos modais de transporte; das áreas urbanas onde há maior trânsito de pessoas e mercadorias; das barreiras fitossanitárias interestaduais; dentre outros dados, como as prováveis vias de ingresso de determinada praga e dessa forma evitar a introdução ou disseminação em novas áreas. A estratégia adotada para as análises espaciais é a de confrontar a localização geoespacial das áreas de produção de pinus em 2013 com a proximidade dos portos com transito internacional de mercadorias. Os dados analisados indicaram que para minimizar o acesso dessas duas pragas no país, devem ser priorizadas as inspeções em mudas e partes vivas das plantas hospedeiras (sementes, acículas, inflorescências, cones e mudas de Pinus spp. e Picea spp) nos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR), São Francisco (SC), Laguna (SC), Itajaí (SC) e Tramandaí (RS). Os municípios que podem sofrer com os ataques dessas pragas, considerando a importância regional da cultura do pinus, são Telêmaco Borba (PR), Três Barras (SC), Otacílio Costa (SC) e Itapeva (SP). Os materiais de embalagens e suportes fabricados em madeiras originários ou que transitaram pelos países onde existe a presença de D. frontalis e R. frustrana deverão ter atenção especial, em função do alto risco da presença da praga, sendo eles: Belize, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Canadá e Israel.
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