Condução da brotação em plantas jovens de Eucalyptus saligna Smith acometidas por geada
Resumo
Resumo : A demanda por madeira no Brasil apresenta uma defasagem da ordem de 350 milhões de metros cúbicos. Estudos que objetivem a otimização dos sistemas florestais são necessários, reduzindo assim o desmatamento de espécies nativas e as perdas por fatores climáticos como a geada. Existe a necessidade de saber quais procedimentos técnicos aplicar na cultura após um dano intenso. O Objetivo dessa pesquisa foi verificar como se dá a recuperação por condução de brotação em plantas jovens da espécie de Eucalyptus saligna Smith, após danos causados por condições climáticas de frio – geadas de 2013, em uma área de proteção ambiental. O experimento foi em blocos casualizados com 4 tratamentos e 6 repetições em uma população de 404 árvores de E. saligna plantados em novembro de 2012. Os tratamentos foram: 1) decepa a 10 cm do chão e condução de um broto mais vigoroso; 2) decepa a 10 cm do chão e condução de dois brotos mais vigorosos; 3) plantas sem decepa com condução de um broto mais vigoroso e desgalhe dos ramos abaixo deste ramo mais vigoroso; 4) plantas intactas – não decepadas e sem condução de brotação, para servir de testemunha. Foi verificado que não houve a influência da forma da condução da brotação e da decepa na sobrevivência das árvores, e que após 16 meses da decepa e 20 meses da condução da brotação, as plantas decepadas recuperaram-se em altura em relação às não decepadas, bem como não houve diferenças significativas para o diâmetro à altura do peito e área basal. Tais resultados sugerem que plantas decepadas a 10 cm do chão podem recuperar-se em um ano, quando comparadas às que não sofreram decepa, o que pode representar uma boa alternativa, já que os ramos conduzidos a partir de 10 cm do chão não apresentam as falhas oriundas do rebrote ou dos danos diretos da geada, como podridão no cerne, calos e tortuosidades do fuste que podem afetar a qualidade da madeira.
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