Estudo da degradaçao da membrana basal por constituintes presentes no veneno da Loxosceles intermedia (Aranha marrom)
Resumo
Resumo : O efeito do veneno de Loxosceles intermedia (aranha marrom) sobre a membrana basal e suas principais moléculas constituintes foi investigado. Observações em microscópio de luz mostraram que o veneno de L intermedia obtido através de choque elétrico e que reproduz dois dos principais sinais do Loxoscelismo em laboratório (provoca dermonecrose em coelho e induz agregação plaquetária), exibe atividade na membrana basal de EHS, reduzindo seus perfis de marcação após coloração com PAS, Alcian Blue e após imunohistoquímica para laminina, comparado aos controles. Estudo de microscopia eletrônica confirmou os resultados acima, mostrando a ação do veneno na membrana basal de EHS e demonstrando que as estruturas deste tecido são susceptíveis ao veneno. Usando moléculas purificadas constituintes de membranas basais, determinamos que o veneno não é ativo contra laminina ou colágeno tipo IV, mas é capaz de clivar entactina e heparan sulfato proteoglicano. Além disso, quando fragmentos de EHS foram incubados com veneno detectamos uma liberação de laminina no sobrenadante, corroborando a ocorrência de algum rompimento na membrana basal. O efeito de degradação do veneno sobre a entactina foi bloqueado por 1 ,1 0 -fenantrolina, mas não por outros inibidores de proteases como PMSF, NEM ou pepstatina-A. A 1,10-fenantrolina também inibe a degradação da membrana basal causada pelo veneno, indicando que uma metaloprotease do veneno está envolvida nestes efeitos. A degradação destas moléculas da matriz extracelular e a susceptibilidade das membranas basais ao veneno loxoscélico podem levar a perda da integridade vascular e glomerular, resultando em hemorragia e problemas renais comuns após o envenenamento.
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