Variaçao espaço-temporal do bacterioplâncton no setor do Rio Guaraguaçu sujeito á influencia de águas costeiras
Resumo
Resumo : Atualmente, a nível de Brasil as pesquisas bacteriológicas realizadas em ambientes costeiros e marinhos são incipientes e concentram-se principalmente nas regiões sul e sudeste. Trabalho bacteriológicos que tenham sido realizados em setores de rios sujeitos à influência de água costeira são inexistentes. O presente trabalho teve por objetivo estudar a variação do bacterioplâncton em um trecho de rio sujeito a influência de águas costeiras. O estudo foi realizado entre novembro de 1999 e abril deste ano, no rio Guaraguaçu (Baía de Paranaguá). Foram determinados cinco pontos de coleta ao longo do rio, entre a região que apresentou salinidade em torno de 0%> na maré alta de sizígia (Est. 1) e a desembocadura (Est. 5). Todas as coletas foram efetuadas em marés altas de sizígia e em todas as amostras de águas superficiais foram observados os seguintes parâmetros bióticos e abióticos: bactérias heterotróficas totais, biomassa bacteriana, bactérias saprófítas halófilas e halófobas, coliformes fecais, salinidade, temperatura, pH, oxigênio dissolvido, seston, matéria orgânica particulada e a transparência da água. Os valores de pluviosidade dos seis dias que antecederam a coleta, somados à do dia da coleta, foram fornecidos pelo Laboratório de Física Marinha do Centro de Estudos do Mar. Para a análise estatística todos os dados foram logaritmizados e submetidos à análise dos componentes principais. A ACP evidenciou correlação positiva entre a pluviosidade, as halófilas, as halófobas e os coliformes totais, com todas as estações, em fevereiro, mês de maior pluviosidade, e em dezembro nas estações 1,2, 3 e 4. Nos demais meses só pode ser verificada correlação positiva nas estações 1 e 2. Em abril, mês de menor pluviosidade, não houve correlação. Ao contrário, em abril houve correlação positiva entre as heterotróficas totais, a biomassa bacteriana, os coliformes fecais, o oxigênio dissolvido, a transparência, a salinidade, o pH e a temperatura, em todas as estações, nos demais meses estas correlações ocorreram nas estações 3, 4 e 5 e em fevereiro elas não puderam ser observadas. Baseado nos resultados obtidos, pode concluir-se que a pluviosidade tem grande influência sobre o bacterioplâncton de águas superficiais da região estudada.
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- Bacharelado [1169]