Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorMenon, Odete Pereira da Silva, 1953-pt_BR
dc.contributor.authorSantos, Sirlei do Rocio Cavalli dospt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.date.accessioned2022-04-11T18:23:53Z
dc.date.available2022-04-11T18:23:53Z
dc.date.issued2014pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/37207
dc.descriptionOrientadora : Profª Drª Odete Pereira da Silva Menonpt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa: Curitiba, 14/03/2014pt_BR
dc.descriptionInclui referênciaspt_BR
dc.description.abstractResumo: Começar e acabar focalizam um ponto no tempo – início e fim de um evento, principal e primeiramente pela semântica forte desses verbos. Podem focalizar esse ponto em outros sintagmas da sentença: no SN-complemento quando estão na categoria de plenos (Ele começou/ acabou o trabalho); no verbo principal de uma perífrase (Ele começou a/ acabou de trabalhar) ou em complementos e adjuntos (Ele começou a/ acabou de quebrar a parede/ às duas da tarde). Além disso, começar e acabar + verbo principal no gerúndio podem focalizar o início/fim com um evento entre um conjunto pressuposto. Em "... das gentes que houvesse de fazer guerra, as quaes comecem andando na terra d’el-rei d’Aragão..." (Fernão Lopes, Chronica de D. Pedro I, p. 95), significa que se começa com andar, e não com explorar a terra, por exemplo. Já o acabar, além de marcar tempo e aspecto, com o gerúndio, apresenta um significado a mais: em "(General Médici) Acabou aceitando a chefia do Serviço Nacional de Informação (SNI). (Veja, edição 117, de 02/12/1970, p. 06), tem características de auxiliar modal, uma vez que se entende que não havia planejamento para se aceitar a chefia, porém acabou aceitando (que pode ser substituído por acabou por aceitar). Assim, considerando essas diferenças de leitura e de formação, o objetivo desta tese é discutir a esse respeito, sob o viés do processo e de estágios de gramaticalização (Heine 1991, 1993), entendida aqui como o processo que leva um item lexical a item gramatical, conforme Meillet (1912), Givón (1979) Castilho (1996); Heine (1991, 1993, 2007); Hopper (2003); Traugott (1990, 2002). Nesse processo, formas lexicais e gramaticais podem, inclusive, coocorrer na língua. Para as descrições e análises de 1455 dados coletados de crônicas (séc. XV, XV, XVI), sermões do séc. XVII até chegar à revista Veja (séc. XX), por amostragem, usamos o programa GoldVarb 2001, que fornece resultados estatísticos e probabilísticos para as ocorrências com acabar e começar a partir de rodadas realizadas com grupos de fatores (GFs) estabelecidos para elas. Os resultados apontam que esses verbos coexistem na língua portuguesa tanto na categoria de plenos quanto na de auxiliares, com gradual perda semântica (Hopper (1991) quando passam à categoria de auxiliares. Com o começar auxiliar, inclusive, há concomitância de regências em uma mesma época (começar + de; começar + a e começar + sem preposição + infinitivo), com a fixação da forma começar + a, no século XVII (hoje, ainda, há perífrases sem preposição, principalmente na fala, com probabilidade de essa forma ainda substituir a fixada com a). Para o acabar, a perífrase é acabar + de + infinitivo, sem mudança no decorrer do tempo. As preposições nessas perífrases ajudam na marcação aspectual, uma vez que ambas carregam semanticamente a indicação de direção no tempo (a), e limite temporal (de), por um processo de metaforização – anteriormente essa carga semântica se dava na ordem do espaço físico, para posteriormente passar ao espaço temporal. As perífrases com começar e acabar + gerúndio apresentam leitura pontual, portanto, temporal e aspectual, além de modalização. Esses resultados também indicam que esses verbos estão no 3.º/4.º estágio do processo de gramaticalização de Heine (1993). PALAVRAS-CHAVE: Gramaticalização. Aspectualizador. Perífrase. Começar. Acabar. Preposição.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: To start and to finish focus a point in time – the begin and the end of an event, denoted at first and principally by the strong semantics of these verbs. They can focus this point on other phrases of the sentence: SN - complement when they are in the category of full (He started / finished work ), in the main verb of a periphrasis (He started / finished work) or complements and adjuncts (He started / ended up breaking the wall / two in the afternoon). In addition, to start and to finish + gerund of the main verb position can focus on the start / finish with an event from an assumption set. In "... das gentes que houvesse de fazer guerra, as quaes comecem andando na terra d’el-rei d’Aragão..." (Fernão Lopes , Chronicle of Pedro I , p . 95), means that you start walking and not to explore the land , for example. Now, to finish besides marking time and aspect, with the gerund, presents an extra function: on "(General Médici) Acabou aceitando a chefia do Serviço Nacional de Informação (SNI)" (Veja, edição 117, de 02/12/1970, p. 06), has characteristics of modal auxiliary, once it is understood that there was no plan to accept the leadership, but it is eventually accepted (or eventually agreed). So, considering these differences in reading and training, the goal of this thesis is to discuss about it, under the bias of the process and stages of grammaticalization (Heine 1991, 1993), understood here as a process that change a lexical item to a grammatical item, as Meillet (1912); Givón (1979); Castilho (1996); Heine (1991 , 1993 , 2007) ; Hopper ( 2003); Traugott (1990, 2002). In this process, lexical and grammatical forms may even concur on language. For descriptions and analyzes 1455 data were collected from chronicles (from XV, XV, XVI centuries), sermons of XVII century, until to reach Veja magazine (XX century), by sampling. We used the program GoldVarb 2001, which gives statistical and probabilistic outcomes for events with to start and to finish. These results indicate that these aspectualizers are in the category of full and auxiliaries in aspectual periphrases, coexisting in Portuguese without semantic loss (Hopper 1991). With the auxiliary to start, there are concomitant regencies in a same season (start + of; start + to; start + without preposition; start + infinitive), with the setting of the form to start + to in the XVII century (today also there are periphrases without preposition, especially in speech, that will probably replace the fixed form with to. For the verb to finish, the periphrasis is to finish + of + infinitive, without a change in time. Prepositions in this periphrases help in the aspectual marking, once both carry semantically the indication of direction in time (to) and temporal limit (of), by a process of metaphoricalization - earlier this semantic charge was on the physical space, to change later to the temporal space. Periphrases with aspectualizers + gerund present punctual reading, therefore, temporal and aspectual, and modalization. These results also indicate that these verbs are in 3rd/ 4th stages of the grammaticalization process of Heine (1993). Key Words: Grammaticalization. Aspectualiazer. Periphrasis. To start. To finish. Preposition.pt_BR
dc.format.extent223p. : il.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.relationDisponível em formato digitalpt_BR
dc.subjectLetraspt_BR
dc.subjectSemanticapt_BR
dc.subjectGramática comparada e geral - Gramaticalizaçãopt_BR
dc.titleAcabar e começar : aspectualizadores em processo de gramaticalizaçãopt_BR
dc.typeTesept_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples