O efeito do envelhecimento na impulsividade e tomada de decisão
Resumo
Resumo: Oobjetivodestetrabalho foiavaliaro efeito do envelhecimento na impulsividade e tomada de decisão. Foram utilizados os seguintes testes: a Escala de Impulsividade Barratt versão 11 (BIS-11); Iowa Gambling Task,versão UFMG(IGT-BR)e o Object AlternationTask(OA).A amostrafoicomposta por136participantes, divididos em quatrogrupos segundo as seguintes faixas etárias: adultos jovens (n=50)com idade média de 21,03anos;adultosde meia-Idade(n=40) com idade média de 54anos; idosos mais jovens(n=23) com idade média de 62,11anos e idosos mais velhos(n=23) com idade média de 71,46anos. Todos os gruposapresentaram100% de familiaridade com o uso de computadores pessoais, minimizando possíveisproblemas relativosà validade ecológica das avaliações. Os resultados da análise estatística evidenciaram uma diferença significativa no escore total do IGT-BR entre idosos mais velhose os demais grupos ANOVA [F (3, 132)= 3,88 e p= 0,01],post-hocHSD de Tukey apontando diferenças do grupo de idosos mais velhosem relação aogrupo de adultos jovens[HSD diff=17.92 e p= 0,005]. O modelo linear de efeitos aleatórios apontou para a idade como fator significativo nadiferença daaprendizagem no IGT-BR, comdesempenho dosidosos mais velhosinferior aos demais[F(3,540) = 2,95 e p = 0,03].Os dados dão suporte àhipótese dehipofuncionalidade na tomada de decisãoe aprendizado da tarefa poridosos mais velhosem relação aosadultos jovens. Constatou-setambém uma impulsividademenordos idosos acima de 60 anos (n=46) em relaçãoaos adultos jovens, o que pode sinalizarum esforço de compensação das perdascognitivas referentes ao efeito do envelhecimento normal. Palavras-Chave: tomada de decisão, impulsividade, idosos, envelhecimento, córtexorbitofrontal. Abstract: The goal of this study was to evaluate the effect of aging in the impulsivity and decision-making. For this purpose, the following tasks were employed: BIS-Barratt'simpulsivity scale version11 (BIS-11); Iowa Gambling Task, BrazilianUFMG's version(IGT-BR), and the Object Alternation Task (OA). The sample was composed by 136 participants divided in 4 groups according to age: young adults (n=50) mean age of21.03 years; half-lifeadults(n=40) mean age of 54 years; older people(n=23) mean age of de 62.11 years; andoldest older(n=23) mean age of 71.46 years. All groups had presented 100% familiarity with personal computer use thus minimizing ecological validity issues. Statistical analysis results have pointed to significantdifference in IGT-BR's total score between oldest older relative to the other groupsANOVA [F (3, 132) = 3.88 &p = 0.01], post-hocTukey's HSD diff=17.92 & p = 0.005(young adults). The mixed effect's linear model pointed toage as a significant variablein IGT-BR's task learning; with the performance of oldest old group inferior to the other 3 groups[F(3,540) = 2.95 e p = 0.03]. The data supportthe hypothesisof hypofunction in decision-making and task learning by oldest old relative to young adults. A lower impulsivity by the elder (above 60 years)(n=46) compared to young adults may be signalinga compensation effort to tacklecognitive losses due to normal aging effects. Keywords: decision-making, impulsivity, elderpeople, aging, orbitofrontal cortex.
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