Efeito de complexo natural altamente diluído sobre o ácido hialurônico e suas implicações em processo inflamatório associado ao melanoma
Resumo
Resumo : O melanoma é a forma mais agressiva de câncer de pele e devido ao seu alto potencial metastático apresenta o pior prognóstico dentre as neoplasias cutâneas malignas. A incidência de melanoma vem aumentando e a busca por terapias complementares, para serem utilizadas em conjunto com as terapias convencionais, é cada vez mais recorrentes, visando uma melhor eficácia e minimização dos danos causados por estes tratamentos. A homeopatia encontra-se entre as terapias complementares mais utilizadas no combate ao câncer. Há mais de 10 anos o grupo de pesquisa coordenado pela Profa. Dorly Buchi investiga complexos naturais altamente diluídos que possam ser utilizados juntamente aos tratamentos convencionais. Dentre eles, dados prévios indicam que o M1 tem grande potencial antimelanoma. Assim, o presente trabalho objetiva contribuir para o entendimento do mecanismo de atuação do complexo natural altamente diluído M1, voltando-se para os processos inflamatórios essenciais para a proliferação celular das células tumorais. Como segundo objetivo, buscou-se compreender se o M1 poderia também atuar sobre o tumor subcutâneo pré-estabelecido. Assim, in vitro foi avaliado se as células B16F10 tratadas com M1 ou com seu veículo (controle) poderia alterar a expressão de citocinas, bem com de NFkB. Nestes ensaios, com as metodologias utilizadas, não foi possível concluir que M1 é capaz ou não de alterar a expressão destas moléculas. O passo seguinte foi avaliar se tanto no modelo de metástase pulmonar, quanto no tumor subcutâneo, a dimunuição da quantidade e tamanho dos tumores poderia ser decorrente de menor processo inflamatório. Assim, utilizando cortes histológicos, COX-2, carboidratos neutros e ácido hialurônico foram investigados. Os resultados mostraram diferenças na quantidade e distribuição de COX-2 e de ácido hialurônico, moléculas importantes no processo inflamatório, mostrando que o tratamento com M1 leva a uma redução de inflamação associada ao tumor. O segundo objetivo foi avaliar se M1 pode ter ação sobre tumor préexistente. Assim, células B16F10 foram injetadas em camundongos C57BL/6 para formação de tumores subcutâneo. Aguardou-se o que o tumor fosse estabelecido para então iniciar o tratamento com o M1, realizando-se acompanhamento diário do volume tumoral. Neste modelo, o M1 atuou efetivamente na redução do crescimento tumoral, diminuindo a proliferação celular e aumentando a apoptose. Não foi possível correlacionar este efeito com processo inflamatório, cuja pergunta continua em análise. Estes resultados indicam que o M1 é um potencial tratamento para o melanoma, contribuindo para redução do desenvolvimento do tumor e este processo tem relação com a dimunuição do processo inflamatório associado ao tumor.
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