Variabilidade genética de populações de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) do estado e município do Rio de Janeiro através de polimorfismos de nucleotídeos únicos (SNPs)
Resumo
Resumo : A dengue, principal doença viral de transmissão vetorial, é atualmente a que causa maiores impactos em termos de morbimortalidade. No Brasil, o estado Rio de Janeiro é uma importante área endêmica, tendo sido porta de entrada para três dos quatro sorotipos virais e do vetor, Aedes aegypti. O controle dessa endemia apresenta inúmeros problemas, dentre os quais destacam a falta de vacina e ineficácia no combate ao vetor. Dessa forma o controle vetorial, a vigilância entomológica, o conhecimento da estrutura genética, assim como os mecanismos que influenciam na dinâmica populacional são as principais formas de combate a dengue. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a estrutura populacional de Ae. aegypti provenientes do estado e do município do Rio de Janeiro através da análise do polimorfismo de nucleotídeos únicos (SNPs). Os exemplares foram coletados nos meses de março e dezembro de 2003 em cinco municípios do Estado do Rio de Janeiro: Barra Mansa (B), Duque de Caxias (D2), Nova Iguaçu (N), Paraíba do Sul (PA) e Três Rios (T) e nove bairros do município do Rio de Janeiro: Cocotá (C), Freguesia (F), Jardim América (JA), Pilares (P), Penha (PE) Rocha Miranda (R), Taquara (TA), Barra da Tijuca (BA) e Tijuca (TI). Para as análises da estrutura populacional foram utilizados nove SNPs e analisados os valores de Fst, AMOVA, frequências alélicas, análise Bayesiana, através dos softwares Arlequin v. 3, GENEPOP (Versão 4.2) e Structure v. 2.3.1. Maior percentual de variação foi encontrada dentro das populações, principalmente na coleta proveniente do mês de dezembro do estado do Rio de Janeiro. A diferenciação genética espacial e temporal foi altamente significativa em todas as amostras e coletas realizadas nos diferentes períodos (P<0,05), evidenciando baixo fluxo gênico entre as populações de Ae. aegypti. Contudo, comparativamente, menor fluxo gênico foi observado no mês de dezembro. Pela análise Bayesiana evidenciou-se uma baixa variabilidade genética das populações avaliadas.
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