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dc.contributor.advisorCunha, Claudio Leinig Pereira dapt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Cardiologiapt_BR
dc.creatorSouza, Admar Moraes dept_BR
dc.date.accessioned2022-11-11T19:47:35Z
dc.date.available2022-11-11T19:47:35Z
dc.date.issued1984pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/31955
dc.descriptionOrientador: Cláudio Leinig Pereira Da Cunhapt_BR
dc.descriptionDissertaçao (mestrado) -Universidade Federal do Paraná. . Curso de Pós-Graduaçao em Cardiologiapt_BR
dc.description.abstractResumo: Cinquenta e sete indivíduos com diagnóstico clínico e laboratorial de hipertireoidismo (55 com bócio difuso tóxico, 1 com bócio uninodular tóxico e 1 com bócio multinodular tóxico), foram estudados com o objetivo de se realizar uma análise prospectiva da influência do hipertireoidismo e seu tratamento no aparelho cardiovascular, através de minuciosa avaliação clínica, radiológica e eletrocardiográfica, e, em particular, as variações da função ventricular esquerda, analisadas pelo ecocardiograma do modo M. Os critérios para a inclusão foram: 1) diagnóstico clínico e laboratorial do hipertireoidismo; 2) autorização prévia do paciente; 3) limite máximo de idade: 50 anos; 4) ausência de cardiopatia valvar, congênita, hipertensiva, isquêmica, ou qualquer outra patologia associada; 5) ausência de gravidez; 6) ausência de tratamento prévio recente. A idade média foi de 29,8 anos, com extremos de 17 e 46 anos, compreendendo 52 mulheres e 5 homens. Dos 57 indivíduos, 37 (65%) tornaram-se eutireóideos no segundo controle (após seis meses de tratamento), 13 (23%) permaneceram hipertireóideos no segundo controle e 7 (12%) tiveram apenas o primeiro controle, perdendo-se o seu seguimento. Os pacientes receberam tratamentos diversos, incluindo propiltiuracil, metimazol, iodo radioativo, beta-bloqueadores e intervenção cirúrgica. Aqueles que receberam beta-bloqueadores tiveram suspensão do mesmo três dias antes do exame de controle. A análise foi feita dividindo os pacientes em três grupos distintos: Grupo I: Análise de todos os estudos pré-tratamento, na vigência do hipertireoidismo (n = 57 pacientes). Grupo ll-A: Análise comparativa pré e pós-tratamento dos 37 pacientes que se tornaram eutireóideos. Havia 32 mulheres e 5 homens, com idade variando de 17 a 46 anos, com média etária de 31,5 anos. Grupo ll-B: Análise comparativa pré e pós-tratamento dos 13 pacientes que permaneceram hipertireóideos. Todos eram do sexo feminino, com idade variando de 17 a 38 anos, média de 26,4 anos. Na avaliação clínica, no grupo I, apenas 28 (49%) apresentaram taquicardia sinusal (frequência cardíaca maior que 100 bpm). Após o tratamento, no grupo II-A houve uma redução significativa na frequência cardíaca (p < 0,001), o que ocorreu com menor significância (p < 0,05) no grupo II-B. A pressão arterial estava dentro dos limites normais no estado hipertireóideo. Com a normalização da função tireoideana, no grupo ll-A, houve diminuição significativa (p < 0,001), da pressão arterial sistólica e a pressão diastólica aumentou (p < 0,01), fazendo com que a pressão de pulso que era ampla no estado hipertireóideo, sofresse uma redução significativa (p < 0;00l). 0 mesmo não ocorreu com os pacientes do grupo ll-B, no qual estas variáveis não apresentaram modificações significativas antes e após a terapêutica instituída. Foi encontrado um sopro sistólico de ejeção de pequena intensidade, localizado no 2° e 3° espaço intercostais esquerdos, na região para-esternal, sem irradiação, em 27 pacientes (47%) hipertireóideos. Entre os 37 pacientes do grupo Il-A, 19 (51%) apresentaram sopro sistólico precordial antes do tratamento, tendo desaparecido em 9 pacientes (42%) quando se tornaram eutireóideos. Cinco pacientes do grupo ll-B, que tinham sopro similar, não apresentaram alterações após o tratamento. No grupo I havia 55 pacientes com bócio difuso tóxico, dos quais 15 (27%) apresentavam sopro sistólico na tireóide. No grupo ll-A, 8 pacientes apresentavam este sopro e o mesmo desapareceu em 3 com a normalização da função tireoideana. Enquanto isso, no grupo ll-B entre os 7 pacientes portadores deste sopro, nenhum apresentou variação do sopro na tireóide com a terapêutica. Portanto, o desaparecimento do sopro sistólico na tireóide, ou no precórdio pode servir como um elemento clínico auxiliar de acompanhamento da função tireoideana. A persistência desses achados, todavia, não implica em má resposta terapêutica. Quanto ao peso corporal, houve um aumento significativo (p < 0,001) entre os pacientes do grupo ll-A, com a normalização da função tireoideana, o que ocorreu com menor significância (p < 0,05) entre os pacientes do grupo ll-B. No eletrocardiograma, além da taquicardia sinusal observada em 28 casos, apenas 2 pacientes apresentaram fibrilação atrial e 1 apresentou ritmo de átrio esquerdo, os quais retornaram espontaneamente a ritmo sinusal no estado eutireóideo. Dos 57 pacientes com tireotoxicose, 7 (12%) apresentaram padrão eletrocardiográfico de sobrecarga ventricular esquerda e nenhum destes pacientes apresentou hipertrofia ou dilatação do ventrículo esquerdo pelo ecocardiograma, assim como, área cardíaca aumentada na radiografia de tórax. No grupo ll-A, notamos significante (p < 0,001) diminuição na voltagem dos complexos QRS após o tratamento, o que todavia não aconteceu entre os pacientes do grupo ll-B. O teste cicloergométrico foi realizado em 43 pacientes (75%) pré-tratamento. Demonstrou uma capacidade funcional reduzida, atingindo precocemente a frequência cardíaca máxima programada e não apresentou alterações do segmento ST ou ondas T. No ecocardiograma, as espessuras do septo ventricular e parede posterior do ventrículo esquerdo, as dimensões internas e os volumes das cavidades, e os índices de função ventricular — encurtamento percentual, volume de ejeção, índice de ejeção e fração de ejeção — estavam dentro dos limites normais mesmo durante o estado hipertireóideo. No grupo ll-A, não houve alteração significativa na dimensão diastólica do ventrículo esquerdo. A dimensão sistólica, no entanto, estava significativamente maior (p < 0,05) após o tratamento, assim como o volume sistólico. Os índices de função ventricular esquerda que envolviam apenas estas variáveis, ou seja, o encurtamento percentual e a fração de ejeção, mostraram-se diminuídos mas não de forma significativa com a normalização da função tireoideana. Por outro lado, houve diminuição significativa (p < 0,001) do débito cardíaco quando os pacientes tornaram-se eutireóideos, assim como a velocidade média de encurtamento circunferencial das fibras e as velocidades média e normalizada da parede posterior do ventrículo esquerdo. Portanto, os índices sistólicos isolados para avaliar a contratil idade miocárdica, tais como, o encurtamento percentual e fração de ejeção, mostraram uma diminuição não significativa com o tratamento, apesar das dimensões e volumes sistólicos estarem maiores no estado eutireóideo. Enquanto isso, os índices que acrescentavam outras variáveis como a frequência cardíaca (débito cardíaco) ou o tempo de ejeção (velocidade média de encurtamento circunferencial e velocidades média e normalizada da parede posterior), apresentaram variações que passaram a ser significativas, denotando a tendência de diminuição da contrati1 idade miocárdica com o decréscimo da função tireoideana. Neste grupo não houve alteração significativa na massa do ventrículo esquerdo. Finalmente, no grupo ll-B, não houve alteração significativa nas medidas ecocardiográficas, à exceção da velocidade média de encurtamento circunferencial das fibras, que apresentou uma diminuição menos pronunciada mas significativa (p < 0,05), possivelmente relacionada ã diminuição do tempo de ejeção no segundo controle (p < 0,05).pt_BR
dc.format.extent68 f.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.relationDisponível em formato digital.pt_BR
dc.subjectTesespt_BR
dc.titleO coraçao no hipertireoidismo : estudo clínico, eletro e ecocardiográfico antes e após o tratamentopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR


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