dc.description.abstract | Resumo: Pessoas vivem imersas em espaços que refletem aspectos culturais, preferências sociais, que despertam desejos e ambições e revelam problemas comuns a elas. A forma como as pessoas interpretam e representam estímulos sensoriais espaciais varia muito e é influenciada pelo contexto cultural, estado emocional e capacidade sensitiva. Parte do tempo diário de algumas pessoas se passa em escolas com espaços arquitetados para dar suporte ao desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem e a socialização. No entanto esses espaços, sobretudo de escolas públicas, demonstram, num primeiro momento, não serem humanizados, pois se encontram mal conservados, vandalizados e limitados a padrões arquitetônicos que dificultam a criação de laços identitários pelos seus frequentadores. Nesse contexto, o estudo dessa dissertação teve por objetivo elaborar uma síntese analítica geográfica de um espaço escolar público a partir de representações de pessoas que o vivem diariamente, pois acreditou-se que compreender os significados atribuídos por elas a esse espaço pode ser o início para torná-lo mais humanizado. Nessa perspectiva, espaço é abordado a partir de paradigmas da Geografia Humanista, na qual desempenha função dialógica com as pessoas que o vivem. Para tanto, fez-se uso do recurso de mapeamento mental coletivo, uma forma de representação que valoriza a interação social e facilita a leitura e interpretação do material cartográfico. A leitura e análise do mapa mental coletivo e a síntese qualitativa revelam que o espaço escolar analisado é reificado e compartimentado em vários outros espaços menores predominantemente funcionais e hierarquizados. Além disso, pode-se assumir que esses espaços possuem baixa imaginabilidade e muitos apresentam aspectos topofóbicos e de não-lugar. | pt_BR |