dc.description.abstract | Resumo: O presente trabalho examina a adequação da taxonomia de regimes tecnológicos utilizadas em países desenvolvidos à realidade de uma economia em desenvolvimento como o Brasil. No primeiro capítulo foi utilizado um modelo probit para estimar a probabilidade de a empresa introduzir um produto novo no mercado, a partir de microdados de PINTEC e RAIS para os anos de 2000, 2003 e 2005. Foi utilizada a taxonomia de regimes tecnológicos elaborada por Marsili (2001) e testada empiricamente por Marsili e Verspagen (2001) para a indústria holandesa, que classifica os setores em cinco regimes tecnológicos: baseado em ciência, processos fundamentais, sistemas complexos, engenharia de produto e processos contínuos. Observou-se que as características teóricas dos regimes tecnológicos para países desenvolvidos não se refletiram nos resultados empíricos utilizando dados brasileiros. No segundo capítulo pretendeu-se verificar se a taxonomia de regimes tecnológicos de Marsili (2001) apresenta ainda outras diferenças quando considerada uma gama maior de características além da importância das relações de cooperação entre universidades e empresas, como a natureza do processo de aprendizado, as fontes de conhecimento tecnológico e os fatores que induzem as inovações. A construção dos indicadores acima relacionados foi feita com base nos microdados da PINTEC 2005 ao nível de divisão da CNAE 2.0. Os regimes tecnológicos mostraram-se com características pouco distintas entre si e muitas variáveis consideradas nesta análise não se mostraram significativas. No terceiro capítulo foi criada uma nova taxonomia de regimes tecnológicos, mais adequada à estrutura produtiva brasileira. A partir de técnicas de estatística multivariada, foram encontrados seis clusters, ou regimes tecnológicos, que podem ser classificados em dois grupos principais: o grupo de setores industriais dependentes de tecnologia vinda de outros países e o grupo de setores industriais tecnologicamente autônomos. O grupo dependente mostra-se mais influenciado or P&D internacional e por financiamento público, enquanto o grupo autônomo utilizase de P&D interno com atividades inovativas financiadas por instituições públicas e por recursos próprios das empresas; ntretanto, este último grupo caracteriza-se também por ser composto por setores industriais de baixa tecnologia. | pt_BR |